Ao descer na rodoviária de Mostar, nossa primeira parada na Bósnia-Herzegovina - distante cerca de 132 km de Saravejo, e pegar um táxi para o hotel, impossível não se chocar com as marcas ainda presentes da recente guerra. São prédios destruídos e abandonados, marcas de disparos nas paredes e prédios em reconstrução.
O cerco dos sérvios e croatas na cidade de Mostar durou de 1991 a 1995 e fulminou cerca de 100.000 pessoas. O ataque à "old bridge", cartão postal da cidade, em novembro de 1993, deixou feridas no coração dos bósnios e a dor assemelhou-se à da perda de um ente querido. A cidade foi completamente destruída durante a guerra e para as pessoas que ali ficaram só restou morar nos porões das casas.
Apesar das tristes lembranças ainda estarem vivas na mente das pessoas, o que se nota é a soma de forças para reconstruir o que foi devastado, desde os bens materiais até os emocionais.
O centro histórico é lindo, repleto de lojinhas com interessantes e baratos souvenirs. Vale a pena conhecer as mesquitas no lado muçulmano da cidade e as igrejas católicas no lado croata, todas com construções recentes.
Para um almoço típico na cidade antiga uma excelente opção é o restaurante Hindin Han que serve o cevapi, uma espécie de kafta com pão sírio, salada e batata frita. Há também as trutas frescas encontradas no rio que corta a cidade, uma opção leve e saudável para o jantar.
Para quem não quiser hospedar-se em Mostar uma boa opção é o "day trip" partindo de Dubrovnik, na Croácia. Há muitas empresas que fazem esse tipo de passeio.